terça-feira, 25 de setembro de 2007

A bioética e o desenvolvimento sustentável.


Com vários problemas ambientais surgindo, o homem passou a se importar mais com o desenvolvimento sustentável, que é progresso econômico sem agressão à natureza, ou seja, sem esgotar recursos para as futuras gerações.


Tanto na bioética quanto no desenvolvimento sustentável, é preciso ter uma noção de ética entre o ser humano e a natureza. Antigamente, o homem não se preocupava tanto com o meio ambiente e desmatava muitas áreas, por exemplo. Hoje, essa ética está mudando, é preciso se preocupar, pois problemas como aquecimento global e efeito estufa só tendem a piorar.
Na bioética são tratados assuntos como a eutanásia, as células estaminais (ou células tronco) e clones. Esses assuntos são recentes e causam grande polêmica, pois uma parte da população é contra esse tipo de pesquisa, pois vai contra as leis da natureza, e já outra parte, a dos cientistas, dizem que se as pesquisas continuarem, as chances de se conseguir acabar com algumas doenças são quase certas.



"Tarefa fundamental consiste em refazer a aliança destruída entre o ser humano e a natureza, entre as pessoas e povos para que sejam aliados uns dos outros em fraternidade, justiça e solidariedade... o ser humano vive eticamente quando renuncia estar sobre os outros para estar junto com os outros" (BOFF, 2003).


Alessandra Asato

domingo, 23 de setembro de 2007

Clonagem para a cura ou por vaidade?


Tentativas de clonagens. A grande maioria das tentativas de clonagem de um animal resultou em embriões deformados ou em abortos após a implantação. Muitos cientistas defendem que os poucos animais clonados nascidos apresentam malformações que não são detectáveis através de exames ou de testes no útero como, por exemplo, deformações ao nível do revestimento dos pulmões. Em 1996 foi clonada a ovelha Dolly. Foi o primeiro animal a ser clonado a partir do DNA de uma ovelha adulta, em vez de ser utilizado o DNA de um embrião. Embora a Dolly pareça suficientemente saudável, pôs-se a questão se ela iria envelhecer mais rapidamente do que uma ovelha normal. Além disso, foram precisas 277 tentativas para produzir a Dolly.
A maioria dos cientistas não estão interessados em produzir clones humanos. O que os cientistas pretendem é produzir células humanas clonadas que possam ser utilizadas para tratar algumas doenças. É interessante pensar neste tipo de clonagem, é uma maneira diferente de utilizar células “inutilizadas” para curar uma doença. Algumas pessoas preferem esta forma de obter estas células. Afinal, um embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu consentimento. Imagine que tinha uma doença que estava a destruir lentamente partes do seu cérebro. Os tratamentos atuais apenas reduzem os sintomas enquanto a doença continua a provocar lesões no cérebro. A clonagem oferece a esperança de uma cura. Os cientistas iriam produzir um embrião clonado utilizando o DNA das suas células epidérmicas. Em seguida, iriam retirar células estaminais deste embrião, transformavam-nas em células cerebrais e fariam um transplante para o seu cérebro.
Bioética
"Perante a sua responsabilidade, de tão vastas consequências, foram os próprios homens de ciência que, nos anos 70, alertaram a sociedade para a necessidade de uma tomada de posição sobre quais as aplicações das novas tecnologias que convêm ou não à humanidade, em ordem à sua sobrevivência e à salvaguarda dos valores que pretenda preservar”.
Bianca Dalla Nora

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Temas enfrentados pela Bioética.


Análises sobre a Bioética só foram aprofundadas depois que a ciência decifrou o código genético humano, facilitando a manipulação científica da natureza e é por esse motivo que esse tema vai além da área da medicina, abrangendo também outras áreas como a da psicologia, direito,biologia, antropologia, sociologia, ecologia, filosofia e principalmente teologia, a qual causa muitas polêmicas sobre/contra a Bioética.
Atualmente os principais temas da Bioética são questões polêmicas, como por exemplo definir se o embrião humano é uma pessoa desde a fecundação, a clonagem, as células estaminais, a ética da pesquisa, entre outros.

Definir se o embrião humano ao ser fecundado já passa a ser uma pessoa ou não é um dos principais problemas, uma vez que, a Ciência sustenta que o embrião ao ser fecundado não pode ser considerado uma pessoa, mas sim somente 6 dias após a fecundação, quando o embrião estabelece uma relação mãe-embrião, com o implante do embrião na parede uterina, ou após 14 dias, quando há a formação da estria embrionária, ou após a 6ª semana, apartir da formação do sistema nervoso central ou do córtex cerebral. Questiona-se também que o individuo só pode ser considerado ser humano apenas quando apresenta a capacidade de pensar e refletir,ou quando passa a ter consciência ou autoconsciência. Porém a igreja católica contesta totalmente, afirmando que apartir do momento que há fecundação o embrião é considerado um ser humano, rejeitando por completo a concepção de que somente indivíduos que tem consciência e/ou autoconsciência possam ser considerados humanos, pois a ela alega que dessa forma deveríamos excluir da categoria de pessoas, homens e mulheres em estado de coma ou anencéfalos. Por outro lado, a Ciência questiona o fato de que agindo assim a igreja está dificultando o avanço científico e até impedindo a cura de doenças de cunho genético.

“A experiência tem mostrado que quanto mais o homem caminha para a artificialidade, foge ele das regras naturais e da essência de sua própria vida.“ Álvaro Villaça Azevedo
Kelly Cristina Nunes da Silva

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Como surgiu o conceito de bioética.

A Bioética tem aproximadamente três décadas de existência. Acredita-se que as duas pessoas que criaram o termo foram Van Rensselaer Potter e A. Hellegers. O movimento Bioético começou em 1970 nos Estados Unidos (em 1972 foi oficializada), já na Europa em 1980, a partir de 1990 na Ásia e em de meados da década de 1990, em outros países em desenvolvimento. A bioética pode ser dividida em três estágios. No início também era chamada de Protobioética (1960-1972) em que a linguagem dos valores humanos era predominante. A religião e a teologia tinham um papel insignificante. Porém a desumanização da medicina era crescente, pois a ciência e a tecnologia passavam a evoluir cada vez mais. Para diminuir essa desumanização foi necessário infundir "valores humanos" na educação de médicos e enfermeiros. Já no segundo estágio (1972-1985), denominado de "ético" ou Bioética Filosófica. Passa a assumir um papel dominante quando o desenvolvimento da pesquisa biológica passa a evoluir rapidamente. Quando os médicos passam a fazer experiências e os dilemas começam a surgir se vê a necessidade de intervir e de se ter uma analise mais rigorosa quanto a essas práticas. No terceiro estágio, chamado da Bioética Global (1985 até o presente), os problemas se ampliaram muito. As questões a serem analisadas nessa fase vão desde genética, biologia molecular, ética profissional no leito do doente e também englobam as políticas sociais e a ética da saúde.

Patrícia França