domingo, 23 de setembro de 2007

Clonagem para a cura ou por vaidade?


Tentativas de clonagens. A grande maioria das tentativas de clonagem de um animal resultou em embriões deformados ou em abortos após a implantação. Muitos cientistas defendem que os poucos animais clonados nascidos apresentam malformações que não são detectáveis através de exames ou de testes no útero como, por exemplo, deformações ao nível do revestimento dos pulmões. Em 1996 foi clonada a ovelha Dolly. Foi o primeiro animal a ser clonado a partir do DNA de uma ovelha adulta, em vez de ser utilizado o DNA de um embrião. Embora a Dolly pareça suficientemente saudável, pôs-se a questão se ela iria envelhecer mais rapidamente do que uma ovelha normal. Além disso, foram precisas 277 tentativas para produzir a Dolly.
A maioria dos cientistas não estão interessados em produzir clones humanos. O que os cientistas pretendem é produzir células humanas clonadas que possam ser utilizadas para tratar algumas doenças. É interessante pensar neste tipo de clonagem, é uma maneira diferente de utilizar células “inutilizadas” para curar uma doença. Algumas pessoas preferem esta forma de obter estas células. Afinal, um embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu consentimento. Imagine que tinha uma doença que estava a destruir lentamente partes do seu cérebro. Os tratamentos atuais apenas reduzem os sintomas enquanto a doença continua a provocar lesões no cérebro. A clonagem oferece a esperança de uma cura. Os cientistas iriam produzir um embrião clonado utilizando o DNA das suas células epidérmicas. Em seguida, iriam retirar células estaminais deste embrião, transformavam-nas em células cerebrais e fariam um transplante para o seu cérebro.
Bioética
"Perante a sua responsabilidade, de tão vastas consequências, foram os próprios homens de ciência que, nos anos 70, alertaram a sociedade para a necessidade de uma tomada de posição sobre quais as aplicações das novas tecnologias que convêm ou não à humanidade, em ordem à sua sobrevivência e à salvaguarda dos valores que pretenda preservar”.
Bianca Dalla Nora

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